quarta-feira, 24 de agosto de 2011



Ela queria tirar a própria vida, e vivia se queixando do inferno que vivia. O namoradinho a havia largado, sua internet fora cortada devido às notas baixas, e não havia ganhado o iPad que pedira no Natal. “A vida é uma merda”, dizia. E enquanto ela cortava os pulsos no banheiro de casa, um garotinho com a metade de sua idade fazia malabares num semáforo à uma duas esquinas dali, na esperança de conseguir alguns trocados, por não suportar ver tantas lágrimas escorrerem pelo rosto de sua mãe, já que não tinham absolutamente nada para comer. E sabe o que era mais engraçado? Ele estava sorrindo. (Henrique Dias)

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